História de Antônio Dias
História de Antônio Dias
Publicado em 27/11/2017 12:03
Antônio Dias é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no Vale do Rio Doce e pertence ao colar metropolitano do Vale do Aço, estando situado a cerca de 170 km a leste da capital do estado. Ocupa uma área de 787,061 km², sendo que 0,3 km² estão em perímetro urbano, e sua população em 2018 era de 9 363 habitantes.
A sede tem uma temperatura média anual de 21,3 °C e na vegetação original do município predomina a Mata Atlântica. Com 48% da população vivendo na zona urbana, a cidade contava, em 2009, com quatorze estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,645, classificado como médio em relação ao estado.
A exploração da área do atual município teve início no século XVIII, sendo Antônio Dias de Oliveira o responsável por fundar um núcleo de bandeirantes em 1º de junho de 1706. O desenvolvimento da agricultura atraiu novos habitantes e em 1832, foi criado o distrito subordinado a Itabira, emancipado em 1911. Na década de 1930, teve início o desenvolvimento industrial no então distrito de Melo Viana, que, no entanto, veio a se transformar no município de Coronel Fabriciano em 1948. Este, por sua vez, deu origem às cidades de Ipatinga e Timóteo, que juntamente a Fabriciano correspondem a um dos maiores pólos urbanos do estado, a chamada Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA).
A manutenção da atividade siderúrgica nos municípios da RMVA contribuiu para que o município se tornasse um dos principais fornecedores de mão-de-obra e matéria prima. O artesanato e os grupos teatrais, de manifestação tradicional popular e música configuram-se como principais manifestações culturais, juntamente com os eventos festivos tais como o Carnaval de Antônio Dias (CarnaDias), as comemorações do aniversário da cidade e as celebrações tradicionais religiosas da Festa de São Benedito e Nossa Senhora de Nazaré, e das homenagens à Semana Santa.
História
A área onde está situado o atual município foi explorada pela primeira vez no começo do século XVIII por bandeirantes. Há registros da presença de Borba Gato na localidade em 1703, no entanto Antônio Dias de Oliveira foi o responsável pela fundação de um núcleo bandeirante no local, em 1º de junho de 1706, cuja data é considerada o dia da fundação da cidade. Havia presença da mineração, estando o lugar localizado em uma região aurífera, no entanto a agricultura ganhou força após algum tempo.
Em 14 de julho de 1832, foi criada a freguesia de Nossa Senhora de Nazaré de Antônio Dias Abaixo, através de resolução do Conselho Provincial, ocasião a qual estimava-se a presença de cerca de 2 030 habitantes. Assim, o povoamento foi elevado à categoria de distrito de Itabira, sendo desmembrado em 30 de agosto de 1911, pela lei estadual nº 556, sob a condição de vila, instalando-se em 1º de junho de 1912 com o nome de Antônio Dias Abaixo. A lei estadual nº 716, de 16 de setembro de 1918, alterou sua denominação para simplesmente Antônio Dias, a qual permanece, sendo estabelecida a condição de cidade pela lei estadual nº 893, de 10 de setembro de 1925. Pela lei estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, foram criados os distritos de Hematita e Melo Viana.
Inauguração de trecho da EFVM em Antônio Dias, em 1927.
Em Melo Viana, foi inaugurada em 9 de junho de 1924 a Estação do Calado — a sede de Antônio Dias também viria a receber estações ferroviárias — e ao seu redor surgiu um povoamento (homônimo à estação), onde instalou-se na década de 1930 um escritório da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira. Na localidade, a empresa buscava centralizar a exploração de madeira e produção de carvão da região do rio Doce, a fim de alimentar os fornos de suas usinas em João Monlevade. Pelo decreto-lei estadual nº 88, de 30 de março de 1938, Melo Viana passou a denominar-se Coronel Fabriciano, perdendo espaço para a criação do distrito de Timóteo em 17 de dezembro do mesmo ano.
Na década de 1940, instalou-se em Coronel Fabriciano a Acesita (atual Aperam South America), impulsionando o crescimento populacional e econômico do lugar, porém Fabriciano e Timóteo foram desmembradas para constituir o município de Coronel Fabriciano pela lei estadual nº 336, de 27 de dezembro de 1948 — Timóteo veio a emancipar-se em 1964 e de Coronel Fabriciano também se originou a cidade de Ipatinga, neste mesmo ano. A partir da emancipação de Coronel Fabriciano, Antônio Dias deixou de sediar o complexo industrial cujo desenvolvimento viria a dar origem à Região Metropolitana do Vale do Aço, que foi criada na década de 90 e hoje é um dos maiores pólos urbanos do estado de Minas Gerais. Ainda assim, a manutenção da atividade siderúrgica contribuiu para que o município se tornasse um dos principais fornecedores de mão-de-obra e matéria prima.
por Assessoria